Acaba de publicar o livro que reúne tua existência em versão digital. Uma existência onde há recinto pras alegrias, as fadigas da guerra, a disputa e a formação de mais sublime com uma guitarra na mão. Estamos diante de um dos tocaores mais poderosas do universo flamengo.
Assim, é possível você obter tua primeira guitarra, sendo coroinha e tocando com os coleguillas de Triana. Eu era coroinha em imensas igrejas de Sevilha. Lá concordamos alguns de Triana, que nos estávamos com a flamencura. E com o que recogíamos tocando, dançando e distribuindo tarefas das paróquias eu comprei minha primeira guitarra. Acho que foram 700 pesetas.
eu comprei a Viúva Ramón do Cló, em Méndez Núñez, e ainda a tenho como ouro no pano. Você foi um autodidata. Mas tenho entendido que compreendeu seus primeiros acordes com uma senhora de uma capoeira de via da Olaria.
Pepa Fernández se punha a tocar no pátio, os diabinhos se aproxima de nós a vê-la e lá pude aprender alguns acordes. Mas eu aprendi por mim mesmo, ao lado dos grandes tocaores das corporações pelas quais passei, destacando-se o Menino Ricardo.
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Com doze anos, você sai do curral de Pagés do Corro onde morava, vestido de preto e com o estojo da guitarra pra ver Pepe Marchena. E eu ia pro teatro San Fernando com a companhia de Carlos Marchena, que desta maneira passeava por toda a Espanha “Assim canta Andaluzia”. Enquanto amigos meus mais velhos que eu, ficava em Casa jogando.
Claro. Eu comecei a trabalhar muito cedo, justamente com a idade de jogar com os amigotes as bolas. Diga-me os mais grandes tocaores de hoje, ontem e antes de ontem, de acordo com a tua forma de dominar o flamengo. Dos antigos, don Ramón Montoya.
Depois Ricardo, Sabicas, Estêvão de Sanlúcar, Mario Escudero, etc. E, nos dias de hoje, Paco de Lucia, Manolo Sanlúcar e Serranito. Em mais de uma ocasião, fui de companhia com Paco de Lucia, Serranito e Manolo Sanlúcar. É verdade que você foi uma coleção de Triana com Gualberto? Uma coleção não. Tocávamos por diante deles e ayudábamos a rebaixar a intensidade dos outros grupos que tocavam antecipadamente, criando o clímax fundamental para a música de Triana.
Isso foi no momento em que o movimento do rock andaluz. Mas Jesus da Rosa queria que tocasse no grupo. Me disponibilizou no início de Triana. Para mim e pra Manolo Molina. Mas eu já estava muito solicitado pelos cantores flamingos.
Não ia deixar minha carreira por um grupo que ainda não era o que depois veio a ser. Não me atraía a aventura. Também não nos parece uma lenda urbana que Manolo Molina desejaria de levá-lo ao flamengo progressivo de Smash. É verdade. Quis me conduzir para Barcelona, onde gravava, no entanto decliné a oferta.
a Minha carreira imediatamente havia começado e não queria sair mais. Com Manolo Molina você teve uma extenso amizade. Anedota com João Talega no festival de Mairena é definitiva. Fomos a Viana para organizar o festival. Me chamou Antonio Viana que me citou que me levasse a um guitarrista. E foi Manolo Molina. Os dois eram muito jovencillos e tínhamos os cabelos muito longos. Em Mairena nos estava esperando João Talega, Diego da Glória, João Barcelona, os irmãos de Antonio Viana. Chegou o prefeito e convidou-nos a várias bebidas de cortesia. E fez a celebração. Toquei-lhe a Palma e quando vou tocar-lhe a João Talega, diz Viana: “Antonio o