�Que nos faz ser o que somos? Contudo, cuidado, não como asturianos, irlandeses, simpatizantes do Liverpool ou devotos do cozido de nossa mãe, porém, ainda mais básico mesmo, como aquele que, de forma genérica chamamos de seres humanos. De outro modo, Você acredita ou não, esse foi o conteúdo de discussão na gala de entrega dos últimos Prémios Príncipe de Astúrias.
Pra que, logo após, digam. O primeiro a tomar a frase, entre o ruído de uma via vociferantes, e, porventura, angustiada por o tamanho e a profundidade do debate, foi John Banville, não à toa, o Prêmio Príncipe de Astúrias de Letras. Ao término e ao cabo, a um escritor se envolve treinado na arte de ceder gab.
Para ele, a solução para o enigma era claro: “A frase”. Logicamente, varria para moradia. Pouco demorou Avelino Corma, um dos três vencedores na classe de Investigação e Técnica, ao lado de Mark E. David e Galen D. Stucky, em lhe dar a réplica; a tua especial e muito profissional réplica. Para esse último, a molécula é a chave.
Ela ou, de forma mais tem que, o que conduz até ela no interior de um laboratório como o teu. Aqui, senhoras e senhores, as enzimas. Bem como a deles sequer arrumado …. uma resposta interessada. Jospeh Pérez, representante das Ciências Sociais, não perdeu tempo e trouxe a conclusão mais de doutorado. A mão de Frei Luis de León, que imediatamente é, trouxe-me a Paz (com P maiúsculo), contudo não uma cada, porém aquela diferenciada de lado a lado dos conceitos de ordem e sossego. Contudente e até contumaz.
Pra quando parecia que não havia circunstância de acordo, a jornalista Caddy Adzuba, com o título do Prêmio de la Concorde em sua mão, lançou uma circunstância. Talvez arriscada, todavia certeira. Banville, contudo, insistia. E não contente com argumento tão polido, foi mais afastado: “Como escritores, afilamos nossas palavras pra que atinjam o coração das coisas”.
Por seu discurso cavalgou a lembrança de Beckett, Emerson e, finalmente, em um fechamento quase perfeito, Rilke e os versos mais bonitos das “Elegias de Duino’. Defendia o seu, contudo, de passagem, nos defendia a todos, como leitores privilegiados, como donos, como ele, da frase, qualquer uma delas. Avelino Corma não se deixou subjugar e pronunciou-se inflexível: “A vida é o repercussão de um grande número de reações químicas concatenadas”. Alguma coisa banal, entretanto indeclinável. Os cientistas são deste modo.
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Na verdade, afirmava isso pra, logo depois, a mesma que o seu colega de letras, proteger o significado mesmo de sua profissão, da ciência, da busca, de todos nós, inclusive, como nação que somos. Não era de Rilke, no entanto, à sua forma, assim como deu em branco. Quando tomou a palavra Joseph Pérez uma pessoa começou a suspeitar que a diferença de posição não era mais do que aparente.
E, chegados a este ponto, e isso é importante, todos de acordo. A Paz e que a justiça são as condições de expectativa de uma população respeitosa com a frase e, claro, com as enzimas (quer dizer, com a investigação necessária, que precisa transportar a elas). Chegámos. A rua voltou a gritar de alegria ou todo o inverso.