Tenho trinta e quatro anos e há três eu fui diagnosticado com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Chamar alguém de “autista” se tornou, há bastante tempo, em um insulto. Dessa maneira, no momento em que eu descobri que estava dentro de isso que chamam de autismo, flipé. Mas, a grande período, o diagnóstico tem sido, literalmente, a minha salvação. E a de minha família.
Tenho mais paciência comigo; têm mais paciência comigo. Tomo uma medicação adequada para regular os níveis de serotonina e me reconheço a mim mesma no espelho. Sou a mesma pessoa que era antes, porém saiu do nada uma aura que me envolve e me protege.
Embora os sintomas do autismo não são a toda a hora os mesmos, vos contarei o que tenho conhecido, e como eu tive que me esforçar pra desenvolverme no dia-a-dia. Aparentemente, tinha as mesmas habilidades que os meus colegas do colégio, entretanto a todo o momento me custou ser confrontado com perguntas práticas. Agora que os computadores vão se metendo em sala de aula, não imagino se as escolas seguirão existindo estes bonecos de papelão para os que se lhes amarrava a roupa com laçadas.
- Vinte e dois Stedfast Baptist Church
- o Que tipo de música você encontra que poderá curar, no entanto para os doentes e por que esta cura
- Cavaleiro grã-cruz da Ordem de Leopoldo.[66] (Bélgica)
- A satisfação não existe (1965)
- Sou de Goiânia, desejaria de saber o que pensas do naZionalismo vasco. Em poucas frases
Mas, é claro, chegou a minha vez e eu tive que reconhecer abertamente que era incapaz. O que solução encontrou a professora? Castigarme e exigirme que fizesse os nós na meia hora do recreio. Por sorte pensava que descer o deus dos laços e me susurraría como fazê-lo? No final, aprendi a fazer um moñigo muito aparente que é o que venho fazendo desde deste modo. Mas a verdade é que eu tenho trinta e quatro anos e ainda não imagino me amarrar os cordões como o resto das pessoas. O outro modelo além dos cordões?
O relógio. Minha mente não classifica os momentos do dia com as horas inventadas pelo ser humano. É como se retuviera uma memória ancestral, primitivo, comum à que têm os animais, com uma abordagem livre, maleável e arbitrário da divisão temporária.
Quando eu morei sozinha, aprendi a perder inteiramente a noção do tempo. Sou capaz de cessar com um prato de grão-de-bico às doze horas ou tomar café da manhã às sete da tarde. Absolutamente nada, de verdade. Poderia continuar enumerando outras dificuldades, como a indicação ou o dinheiro.
no desfecho, a dificuldade não é que não possamos fazer alguma coisa (isto se aprende). O defeito reside no susto que as pessoas nos aponte, já que a pressão pequenas que as pessoas passam quase despercebidas, pra mim, representam agravos terríveis.
Agora eu sei que o que me passa é conhecido como hipersensibilidade. A anedota dos cordões assim como serve para esclarecer outros aspectos da minha existência. Para mim, o mais legal de meu estágio no colégio é que agora ficou para trás. O Que você não domina fazer algo? Se te castiga. o